Estudos
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Antiliteratura
A Política e Os Limites Da Representação No Brasil e Argentina Modernos
by Adam Joseph Shellhorse
Part of the Estudos series
Antiliteratura repensa o que significa o termo "literatura" hoje. Examinando formas-chave da escrita experimental desde a década de 1920 na América Latina, Adam Joseph Shellhorse revela a força da literatura como o local da reflexão e reação radical às condições culturais e políticas contemporâneas. Sua análise dialoga com a obra de escritores como Clarice Lispector, Oswald de Andrade, os poetas concretistas brasileiros (Haroldo e Augusto de Campos e Décio Pignatari), Osman Lins e o argentino David Viñas, para desenvolver uma teoria que coloca o feminino, o multimídia e o subalterno como centrais para o desmontar do que significa "literatura". Ao colocar as antiliteraturas brasileira e argentina no cerne de uma nova forma de pensar a área, o livro desafia as discussões prevalecentes sobre a projeção histórica e a força crítica da literatura latino-americana. Examinando uma gama diversificada de textos e mídias que incluem artes visuais, poesia concreta, roteiros de filmes, cultura pop, narrativa neobarroca e outros que desafiam o gênero, o livro delineia o potencial subversivo dos modos antiliterários de escrita, ao mesmo tempo que envolve debates atuais nos estudos latino-americanos sobre subalternidade, escrita feminina, pós-hegemonia, concretismo, afeto, marranismo e política da estética. Assim, Shellhorse propõe um novo método de leitura que se ocupa das qualidades marginais e subalternas do texto literário e o coloca num diálogo urgente com os conceitos mais atuais provenientes da filosofia e da teoria crítica atual.
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Psicanálise Na Ditadura (1964-1985)
História, Clínica E Política
by Rafael Alves Lima
Part of the Estudos series
Com a infiltração do conceito de "guerra psicológica", usual entre militares, no campo psicanalítico e a cooptação de profissionais e associações psicanalistas pela ditadura militar brasileira, a psicanálise brasileira se descaracteriza, paradoxalmente durante sua fase de disseminação, quando se consolidam tanto as múltiplas correntes dos movimentos psicanalíticos como uma literatura crítica, e o IPA (Associação Internacional de Psicanálise, na sigla em inglês) alcança sua hegemonia no Brasil. Rafael Alves Lima, em pesquisa minuciosa de fontes primárias e testemunhais, mostra que a ditadura brasileira imps aos movimentos psicanalíticos um processo contraditório de consolidação e expansão no país, cujo histórico de distorções de fronteiras entre espaços civis e militares gerou colaborações e resistências, como provam os arquivos. O objetivo do livro é reconstituir o papel desempenhado pela psicanálise no Brasil durante o período ditatorial entre 1964 e 1985, com base em pesquisa nos arquivos , desde a aliança de ocasião do autoritarismo militar com setores liberais da sociedade civil, passando pelo endurecimento do regime nos últimos anos da década de 1960 e início da de 1970, até o período da abertura política nos anos 1980. O autor analisa crítica e factualmente como se portaram os movimentos psicanalíticos frente às injunções da ditadura. Pela qualidade dos arquivos, se chega a uma compreensão da política do segredo na história da psicanálise que se transforma em uma espécie de silenciamento sobre o passado. Agora, algumas vozes começam a ser ouvidas.
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O Jeito Yanomami de Pendurar Redes
by Thiago Benucci
Part of the Estudos series
O Jeito Yanomami de Pendurar Redes traz ao leitor uma etnografia da arquitetura yanomami do Marauiá. Descreve e analisa a concepção de um habitar, seus meios de construção, a tipologia das suas moradas físicas e espirituais. Uma concepção de "arquitetura" impregnada da cultura e cosmologia do grupo, mostrando uma intensa vida comunitária impregnada de espiritualidade e tradições. Faz-nos ver uma outra visão do que sejam as noções de espaço, de materialidade e de habitação dos povos Yanomami da região, ainda que sob a capa de uma rubrica diretamente associada aos pressupostos civilizatórios ocidentais. Vemos os acampamentos temporários, as casas-aldeia nas clareiras domésticas, as casas-montanha habitadas pelos espíritos e também as casas de espíritos construídas no peito dos pajés durante as iniciações xamânicas. E mostra como esse povo resiste ao eterno embate em torno dos seus direitos à terra. Por seu intermédio, acompanhamos os movimentos de agregação e de desagregação dos grupos e das moradas; os regimes de transformação das casas e dos corpos; os sentidos míticos e xamânicos em torno das categorias do perecível e do imperecível, adentrando em um modo de existência radicalmente oposto ao da exploração da terra causada pela civilização industrial que, cada vez mais, nos destina ao colapso.
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