Cultura com aspas
by Manuela Carneiro Da Cunha
Part of the Coleção Argonautas series
O livro reúne a produção ensaística da antropóloga Manuela Carneiro da Cunha em mais de 30 anos de trajetória. Com pesquisas realizadas na Amaznia e na África Ocidental e professora durante 15 anos nos Estados Unidos, a autora fez da "interface" cultural o fio condutor de sua antropologia. Em paralelo à sua produção acadêmica, Carneiro da Cunha atuou em debates políticos, atribuindo profundidade histórica à compreensão e defesa dos povos indígenas.
Seus estudos de teoria antropológica e antropologia histórica tratam da maneira como a "cultura" – com aspas, como ela mesma coloca –, para além do sentido tradicional de condição organizadora, também é reflexivamente constituída e engajada como uma categoria do encontro interétnico. Além disso, Manuela explora as situações de contraste e contato entre sociedades, tratando, entre outros temas, do movimento messiânico canela, direito indigenista, xamanismo, conhecimento tradicional, da etnicidade, catequese e da indigenização da cultura.
A obra conta também com textos escritos em coautoria com Eduardo Viveiros de Castro, Mauro W. B. de Almeida e orelha assinada por Marshall Sahlins.
Políticas Do Sexo
Part of the Coleção Argonautas series
Dois ensaios de referência fundamental para os estudos de gênero e sexualidade são reunidos e publicados neste volume.
"O tráfico de mulheres" foi publicado em 1975, sob o impacto da tradução de Lévi-Strauss e da crescente presença do marxismo e da psicanálise no meio acadêmico estadunidense, num período em que as ciências humanas afirmavam que a desigualdade não era natural (mas social), e a antropologia se questionava sobre a universalidade da opressão das mulheres. Revendo e problematizando autores cannicos – Marx e Engels, Lévi-Strauss, Freud e Lacan – Rubin utiliza pela primeira vez o termo gênero num texto de teoria antropológica, afirmando a existência de um sistema de sexo-gênero, associado à própria passagem da natureza para a cultura. Ela critica e questiona a heterossexualidade implícita no raciocínio desses autores – como a presença de um tabu anterior ao do incesto, o da homossexualidade na teoria de Lévi-Strauss. Numa linguagem acessível para não antropólogos, Rubin argumenta que gênero e sexualidade devem ser pensados em interação, sugerindo que é o próprio arranjo do parentesco que produz socialmente o gênero, uma vez que por meio do casamento e da divisão sexual do trabalho se institui a diferença entre homens e mulheres. A desigualdade socialentre homens e mulheres aparece em estreita conexão com o controle da sexualidade feminina e a instituição do ideal heterossexual.
Marco da reflexão sobre sexualidade, em "Pensando o sexo", a autora argumenta que a sexualidade constitui uma categoria de desigualdade em si – em certa medida um eixo de hierarquia descolado do gênero. De modo provocativo, o texto problematiza as categorias classificatórias e expõe algumas formas regulatórias da sexualidade, como o direito e a medicina.
Introdução à obra de Marcel mauss
(In sociologia e antropologia)
Part of the Coleção Argonautas series
Introdução escrita por Claude Lévi-Strauss ao livro "Sociologia e antropologia", do antropólogo Marcel Mauss, publicado pela Ubu em 2017. O texto traça comentários sobre essa que é umas das obras mais fundamentais dos estudos das ciências sociais e da antropologia, ao mesmo tempo que elogia seu caráter moderno.
O efeito etnográfico e outros ensaios
Part of the Coleção Argonautas series
Nesta coletânea de 15 dos artigos mais influentes da antropóloga britânica Marilyn Strathern, publicados entre 1980 e 2004, a autora de O gênero da dádiva aborda temas diversos como categorias etnográficas de doméstico e selvagem, gênero, parentesco, economias da dádiva versus economia da mercadoria, noção de pessoa, evento histórico, cultura material, técnicas de fertilização, direitos de propriedade intelectual, além de empreender constantemente uma reflexão sobre a própria antropologia. Com uma linguagem radical e uma abordagem teórica de ponta apoiada em seu trabalho de campo na Melanésia, Strathern adota a descrição – em detrimento da explicação e da representação – como forma de compreender outro pensamento e outra vida possível.
Ensaio sobre a dádiva
(In sociologia e antropologia)
Part of the Coleção Argonautas series
Segundo capítulo do livro Sociologia e antropologia, de Marcel Mauss, publicado pela Ubu em 2017.
Sinopse de "Sociologia e antropologia":
Alguns dos principais textos fundadores da antropologia social estão reunidos neste livro póstumo de Marcel Mauss, publicado em 1950. Além do clássico "Ensaio sobre a dádiva", os capítulos sobre magia (em colaboração com Henri Hubert), técnicas corporais, noção de pessoa e ideias de morte tornaram-se leitura obrigatória na formação em ciências sociais. O impacto de suas ideias fez-se sentir, ainda, entre linguistas, psicólogos, filósofos e historiadores.
Em "Ensaio sobre a dádiva", Mauss apresenta um estudo sobre o fenmeno da dádiva entre os povos da Polinésia, Melanésia e os indígenas da América do Norte, no qual defende que os fatores econmicos não são dissociáveis de outros aspectos da vida social: as trocas dizem respeito à sociedade no seu conjunto e derivam da obrigação de dar, receber e retribuir. Além dos ensaios de Mauss, a obra traz a célebre introdução de Claude Lévi-Strauss, um prefácio à primeira edição do sociólogo Georges Gurvitch, um texto "in memoriam" de Henri Lévy-Bruhl e orelha assinada pelo antropólogo Roberto Cardoso de Oliveira.
Antropologia estrutural
Part of the Coleção Argonautas series
Publicada em 1958, Antropologia estrutural pode ser considerada obra fundadora de uma das mais influentes vertentes do pensamento do século XX: o estruturalismo francês. No clássico, Lévi-Strauss propõe um empréstimo das teorias estruturalistas de Roman Jakobson, linguista que conheceu nos Estados Unidos, para uma renovação do método antropológico.
Na coletânea de 17 textos, o autor faz relações de seu campo com a linguística, a psicanálise e a arte, além de analisar o ensino da disciplina. Com uma forte ênfase nas formas simbólicas produzidas pelo homem em diferentes culturas, o autor renovou sua disciplina e o modo de pensar temas clássicos como parentesco, mitologia e identidade. Entre os ensaios mais conhecidos estão aqui "História e etnologia","A eficácia simbólica" e "A estrutura dos mitos".
As técnicas do corpo
(In sociologia e antropologia)
Part of the Coleção Argonautas series
Sexto capítulo do livro "Sociologia e antropologia", de Marcel Mauss, publicado pela Ubu em 2017.
Sinopse de "Sociologia e antropologia":
Alguns dos principais textos fundadores da antropologia social estão reunidos neste livro póstumo de Marcel Mauss, publicado em 1950. Além do clássico "Ensaio sobre a dádiva", os capítulos sobre magia (em colaboração com Henri Hubert), técnicas corporais, noção de pessoa e ideias de morte tornaram-se leitura obrigatória na formação em ciências sociais. O impacto de suas ideias fez-se sentir, ainda, entre linguistas, psicólogos, filósofos e historiadores.
Em "Ensaio sobre a dádiva", Mauss apresenta um estudo sobre o fenmeno da dádiva entre os povos da Polinésia, Melanésia e os indígenas da América do Norte, no qual defende que os fatores econmicos não são dissociáveis de outros aspectos da vida social: as trocas dizem respeito à sociedade no seu conjunto e derivam da obrigação de dar, receber e retribuir. Além dos ensaios de Mauss, a obra traz a célebre introdução de Claude Lévi-Strauss, um prefácio à primeira edição do sociólogo Georges Gurvitch, um texto "in memoriam" de Henri Lévy-Bruhl e orelha assinada pelo antropólogo Roberto Cardoso de Oliveira.
Sociologia E Antropologia
Part of the Coleção Argonautas series
Alguns dos principais textos fundadores da antropologia social estão reunidos neste livro póstumo de Marcel Mauss, publicado em 1950. Além do clássico "Ensaio sobre a dádiva", os capítulos sobre magia (em colaboração com Henri Hubert), técnicas corporais, noção de pessoa e ideias de morte tornaram-se leitura obrigatória na formação em ciências sociais. O impacto de suas ideias fez-se sentir, ainda, entre linguistas, psicólogos, filósofos e historiadores.
Em "Ensaio sobre a dádiva", Mauss apresenta um estudo sobre o fenmeno da dádiva entre os povos da Polinésia, Melanésia e os indígenas da América do Norte, no qual defende que os fatores econmicos não são dissociáveis de outros aspectos da vida social: as trocas dizem respeito à sociedade no seu conjunto e derivam da obrigação de dar, receber e retribuir. Além dos ensaios de Mauss, a obra traz a célebre introdução de Claude Lévi-Strauss, um prefácio à primeira edição do sociólogo Georges Gurvitch, um texto "in memoriam" de Henri Lévy-Bruhl e orelha assinada pelo antropólogo Roberto Cardoso de Oliveira.
Perspectivismo e multinaturalismo NA américa indígena
by Eduardo Viveiros De Castro
Part of the Coleção Argonautas series
Capítulo 7 do livro A inconstância da alma selvagem (São Paulo: Ubu, 2017) este artigo apresenta um dos conceitos fundamentais de Eduardo Viveiros de Castro: o perspectivismo. Além dele, são discutidas as diferenças entre natureza e cultura, multiculturalismo e multinaturalismo. Um texto essencial para o pensamento antropológico contemporâneo.
Esboço De Uma Teoria Geral Da Magia
(In Sociologia e Antropologia)
Part of the Coleção Argonautas series
Primeiro capítulo do livro "Sociologia e antropologia", de Marcel Mauss, escrito pelo autor em parceria com Henri Hubert.
Sinopse de "Sociologia e antropologia":
Alguns dos principais textos fundadores da antropologia social estão reunidos neste livro póstumo de Marcel Mauss, publicado em 1950. Além do clássico "Ensaio sobre a dádiva", os capítulos sobre magia (em colaboração com Henri Hubert), técnicas corporais, noção de pessoa e ideias de morte tornaram-se leitura obrigatória na formação em ciências sociais. O impacto de suas ideias fez-se sentir, ainda, entre linguistas, psicólogos, filósofos e historiadores.
Em "Ensaio sobre a dádiva", Mauss apresenta um estudo sobre o fenmeno da dádiva entre os povos da Polinésia, Melanésia e os indígenas da América do Norte, no qual defende que os fatores econmicos não são dissociáveis de outros aspectos da vida social: as trocas dizem respeito à sociedade no seu conjunto e derivam da obrigação de dar, receber e retribuir. Além dos ensaios de Mauss, a obra traz a célebre introdução de Claude Lévi-Strauss, um prefácio à primeira edição do sociólogo Georges Gurvitch, um texto "in memoriam" de Henri Lévy-Bruhl e orelha assinada pelo antropólogo Roberto Cardoso de Oliveira.
A inconstância da Alma selvagem
by Eduardo Viveiros De Castro
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O volume inclui os principais textos que tornaram Eduardo Viveiros de Castro um dos mais influentes pensadores brasileiros da atualidade, no período que vai desde seu mestrado, em 1976, até 2000. Em grande parte centrados nas sociedades amaznicas, os oito ensaios são baseados em artigos publicados que foram selecionados e revistos pelo autor. Do forte diálogo entre a antropologia e a filosofia resultam conceitos-chave da obra do autor, como predação, troca, afinidade potencial e perspectivismo – o qual permite entender como os índios enxergam os animais e a si próprios. A disposição cronológica dos ensaios revela ao leitor o processo de amadurecimento de tais conceitos ao longo da trajetória do autor.
Conforme lembra o antropólogo no prefácio, a antropologia é sempre um exercício de tradução de uma cultura segundo outra. Reconstituir a imaginação indígena nos termos da nossa implicaria, portanto, algumas imprecisões. No entanto, se o exercício é bem feito, atinge-se o ponto em que transformamos o que entendemos em nossos termos em algo cujo significado se aproxima daquilo que os índios entendem nos termos deles. Ou seja, trata-se de um processo onde não somente a imaginação dos povos indígenas está em jogo, mas também a nossa; no qual os conceitos vão se distanciando cada vez mais de seus sentidos usuais e vão tomando novas formas.
O livro traz ainda entrevista com o autor – feita por jovens antropólogos da revista Sexta Feira – onde ele trata de seu percurso sob uma abordagem mais concreta. Ele revela, por exemplo, como se deu sua passagem de estudioso de antropologia urbana para um de etnologia indígena, e sua entrada na Amaznia, território ainda relativamente inexplorado mesmo dentro de sua disciplina.
A coleção Argonautas traça uma linhagem do pensamento antropológico que tem como centro de força o estruturalismo de Claude Lévi-Strauss e que se ramifica em autores que inovaram e revolucionaram seus campos de pesquisa a partir de etnografias.
Uma Categoria Do Espírito Humano: A Noção De Pessoa, A De "eu"
(In Sociologia e Antropologia)
Part of the Coleção Argonautas series
Quinto capítulo do livro "Sociologia e antropologia", de Marcel Mauss, publicado pela Ubu em 2017.
Sinopse de "Sociologia e antropologia":
Alguns dos principais textos fundadores da antropologia social estão reunidos neste livro póstumo de Marcel Mauss, publicado em 1950. Além do clássico "Ensaio sobre a dádiva", os capítulos sobre magia (em colaboração com Henri Hubert), técnicas corporais, noção de pessoa e ideias de morte tornaram-se leitura obrigatória na formação em ciências sociais. O impacto de suas ideias fez-se sentir, ainda, entre linguistas, psicólogos, filósofos e historiadores.
Em "Ensaio sobre a dádiva", Mauss apresenta um estudo sobre o fenmeno da dádiva entre os povos da Polinésia, Melanésia e os indígenas da América do Norte, no qual defende que os fatores econmicos não são dissociáveis de outros aspectos da vida social: as trocas dizem respeito à sociedade no seu conjunto e derivam da obrigação de dar, receber e retribuir. Além dos ensaios de Mauss, a obra traz a célebre introdução de Claude Lévi-Strauss, um prefácio à primeira edição do sociólogo Georges Gurvitch, um texto "in memoriam" de Henri Lévy-Bruhl e orelha assinada pelo antropólogo Roberto Cardoso de Oliveira.
Antropologia Estrutural Dois
Part of the Coleção Argonautas series
Se muitos dos textos do primeiro volume de Antropologia estrutural são verdadeiros programas para o método estruturalista, os do segundo, publicado quinze anos depois, se dedicam a pensar os alcances do método já consolidado, a responder a críticas, a afastar mal-entendidos, além de dialogar com um público menos especializado.
O volume inclui uma reflexão sobre a formação do pensamento antropológico, destacando o lugar proeminente do filósofo Jean-Jacques Rousseau, como fundador das ciências sociais. O autor aborda temas clássicos da antropologia como "organização social" e "mitologia e ritual", refletindo sobre a relação entre modelos analíticos e realidade empírica. Destacam-se, ainda, os textos em que Lévi-Strauss rebate críticas, entre eles o que se dedica a esclarecer as diferenças entre o método de análise estrutural e o formalismo, próprio dos estudos literários de Vladimir Propp.
Antropologia estrutural dois traz também o célebre texto "Raça e história", proferido na UNESCO em 1952 e um manifesto antirracista e em defesa da diversidade sociocultural, que questiona a pretensão ocidental à supremacia cultural, ancorada na ideologia do progresso e em atos massivos de destruição.